segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ai, ai...

Queria uma vida nova. Uma vida onde tudo acontecesse naturalmente, sem ter que fazer força. As coisas viriam até mim, e eu resolveria se as queria ou não. Se sim, era só fazer um leve aceno de cabeça, ou então uma piscada mais demorada que ela se sentaria ao meu lado.


Onde não precisaria pensar nas contas, nas compras, nas calotas, nas comidas, nos contatos, nos correios, na correria, na corregedoria, na carmelita, na cavalaria.

Só ficar lendo um livro na rede, uma rede bem parada por causa da labirintite, e as coisas aconteceriam num movimento circular. Onde tudo terminaria na rede lendo um livro, de preferência o mesmo. (Ela teria tempo para ficar relendo os livros que gosta ao som de Billy Holliday).

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